O processo que envolve José Sócrates deverá ficar, pelo menos, mais um ano no Tribunal da Relação. É essa a convicção do Conselho Superior da Magistratura, que admite que o caso está a demorar um tempo excessivo. Em grande parte, esta demora é devida às constantes tentativas da defesa em atrasar a chegada do caso a julgamento.
O presidente do Conselho Superior da Magistratura, o órgão disciplinar dos juízes, admite que, no caso judicial que envolve José Sócrates, resta esperar. O processo contra o antigo primeiro-ministro está, mais uma vez, no Tribunal da Relação.
Só José Sócrates já recorreu 23 vezes para o Tribunal Superior. De tudo o que já contestou, contam-se várias tentativas para afastar os juízes a quem foi distribuído o processo. Tantos que não restam dúvidas ao Conselho Superior de Magistratura de que haverá mais um recurso.
O processo da Operação Marquês está no Tribunal da Relação de Lisboa, nas mãos da juíza Raquel Lima – que deverá fazer um pedido para trabalhar em exclusividade no processo o que, até agora, ainda não fez. Se – e quando – o fizer, contará com o parecer positivo do Conselho Superior de Magistratura para que se possa dedicar inteiramente ao acórdão.
José Sócrates foi detido em 2014. O processo já passou por mais de 60 juízes, só dois lhe deram razão.