O Orçamento para a saúde é dos maiores de sempre, mas não reúne consenso à esquerda.
Com uma verba de 703 milhões de euros dedicada à saúde no Orçamento do Estado para 2022, os sindicatos asseguram que com o desgaste da pandemia, não chega para suprir as necessidades do Serviço Nacional de Saúde.
O primeiro-ministro promete a formação de mais médicos e mais remuneração para os especialistas que façam mais de 500 horas anuais de trabalho suplementar para garantir o funcionamento das urgências.
Os médicos insistem que não chega e as duas estruturas sindicais avançam para greve nos dias 23, 24 e 25 de novembro. No mesmo mês que os enfermeiros convocaram uma paralisação.
O Bloco de Esquerda dá conta que o que o Governo propõe é mitigar o que já está decidido, no que respeita à exclusividade dos profissionais da saúde.
O PCP quer uma resposta global que abranja fixação de profissionais da saúde no SNS e investimento em equipamentos e hospitais. A mesma posição tem o PAN, que exige também uma maior aposta na prevenção e maior investimento em diagnósticos e rastreios.
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