O ministro dos Negócios Estrangeiros avisou esta segunda-feira que o chumbo do Orçamento do Estado em Portugal pode fazer com que o país perca trunfos em Bruxelas e junto do Banco Central Europeu.
No Luxemburgo, Augusto Santos Silva acenou com fantasmas do passado e saiu em defesa da estabilidade política e do compromisso com a disciplina orçamental.
Embora ressalvando que apenas comentava a importância da aprovação do documento enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros e não se pronunciava sobre "questões de natureza interna", Santos Silva defendeu ainda assim que "a proposta de orçamento é muito boa", pois "significa o pagamento de menos impostos por parte da classe média em Portugal, maior apoio aos mais necessitados, e contém medidas muito importantes de estímulo do investimento, quer público quer privado, de melhoria do ambiente empresarial, e apoio de uma política de demografia ativa, particularmente dirigida a famílias jovens com filhos".
"Até ao lavar dos cestos é vindima, e, portanto, ainda estamos na vindima no que diz respeito ao orçamento para 2022, e a minha convicção é que, até ao lavar dos cestos, a vindima ficará bem feita", afirmou.
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