O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, defendeu esta quarta-feira no Parlamento que o país "não quer, nem precisa de voltar aonde não foi feliz", dizendo que não deve "regredir" e "arriscar tudo e deitar tudo a perder".
"O país não quer nem precisa de voltar aonde não foi feliz", disse João Leão na abertura, hoje, do debate de apreciação, na generalidade, da proposta de lei do Governo para o Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022).
Para o ministro das Finanças, "não é tempo para arriscar tudo e deitar tudo a perder", mas sim de "continuar a escolher o caminho equilibrado e sustentável da recuperação do país e da melhoria da vida dos portugueses".
Para o ministro, o Governo apresentou "propostas que permitem avanços significativos nos desafios estruturais com que a sociedade portuguesa se defronta", como a demografia, combate às desigualdades ou resposta às alterações climáticas.
"Tudo isto sem retirar, sem cortar, sem regredir em tudo o que foi garantido e conquistado desde 2016", referiu o governante.
Na resposta, o deputado do PSD Duarte Pacheco disse que não sabia se o que estava em discussão tanto era "a proposta que apresentou à Assembleia [da República] ou a lista de mercearia que apresentou aos portugueses nos últimos dias".
"Aposto que essa lista de mercearia não é neutra em termos orçamentais", vaticinou, considerando que "o senhor ministro e o Governo está sem estratégia e sem orçamento", falando numa "manta de retalhos".
Duarte Pacheco referiu que o orçamento é "a manta de retalhos a que chegou depois de negociar nos últimos dias".
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