No ultimo dia de debate na especialidade, o PSD acusou o governo de ser responsável pela falência do Estado e de rejeitar praticamente todas as propostas da oposição. No arranque dos trabalhos, houve um incidente entre Augusto Santos Silva e a PSP.
No dia anterior à votação final do Orçamento do Estado, Santos Silva irritou-se e teve de recorrer à sua autoridade para se dirigir aos agentes da Polícia de Segurança Pública presentes na Assembleia. Os elementos das forças de segurança não estariam a abrir as portas das bancadas aos visitantes, situação que desagradou a Santos Silva.
Mais tarde, o gabinete do Presidente da Assembleia esclareceu o sucedido e disse que os agentes da PSP perceberam que não havia ninguém para entrar nas galerias.
O foco voltou ao debate com a oposição a dizer que o Orçamento vai sair do Parlamento praticamente igual ao que entrou. Duarte Pacheco, deputado do PSD, acusou o Governo de rejeitar 97% das propostas debatidas.
O Chega bateu o pé ao Partido Socialista e garantiu que “por nós não passarão”. Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, afirmou que o Governo se tem inspirado em políticas neoliberais.
“Esta política de inspiração neoliberal com um discurso de esquerda pode parecer uma solução fácil, mas ela não só mina a vida dos portugueses, como mina a própria democracia”, diz a deputada do BE.
No balanço final dos debates, Livre e PAN são os partidos da oposição com mais alterações aprovadas, a maior parte sem grande impacto nas contas.
O Chega é o único partido que não tem nenhuma medida aprovada.