Depois de ouvidos os parceiros sociais, e tal como previsto, o chefe de Estado promulgou esta quinta-feira o Orçamento de Estado (OE) para o próximo ano “tendo presente as preocupações sobre a imprevisibilidade da economia internacional” e o impacto que têm (e terão).
“O Presidente da República, ouvidos os parceiros económicos e sociais, promulgou os diplomas da Assembleia da República relativos ao Orçamento do Estado para 2023 e às Grandes Opções para 2022-2026”, lê-se na nota publicada no site da Presidência da República.
Na curta nota, Marcelo salienta “as preocupações” atuais com “a imprevisibilidade da economia internacional – muito ligada ainda à guerra –, os evidentes efeitos na vida de famílias e empresas, a necessidade de ir ajustando a execução do Orçamento a cenários muito diversos”, e ao em simultâneo “a dificuldade de (…) manter o equilíbrio orçamental, reduzir a dívida pública, impulsionar o investimento e o crescimento e combater a degradação das condições sociais”.
Entre ontem e hoje, o Presidente da República recebeu no Palácio de Belém a UGT, a Confederação do Turismo de Portugal, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, a CGTP e a CIP.
Sobre o diploma, considerou que "o Orçamento do Estado é de uma flexibilidade que depende muito daquilo que for a evolução internacional" e a proposta do Governo para o próximo ano, que foi aprovada pela Assembleia da República, "é o mais flexível que é possível dentro de um certo quadro".
"Se o quadro não mudar muito, isto é, se não houver um agravamento da guerra, se não houver agravamento da inflação, se houver um turismo parecido com o deste ano, se houver investimento estrangeiro parecido com o deste ano, se as economias europeias começarem a subir um bocadinho (…) , se isso for assim, o orçamento tem flexibilidade", sustentou.
E salientou que "por isso o primeiro trimestre é tão importante", pois "por aí se percebe logo se se entra melhor, ou pior do que as expectativas".
A Assembleia da República aprovou, em 25 de novembro, a proposta de lei do Governo para o Orçamento do Estado para 2023, com os votos favoráveis do PS e as abstenções dos deputados únicos do Livre e do PAN.
O documento foi aprovado em votação final global com os votos da maioria absoluta de deputados socialistas, as abstenções de Livre e PAN e os votos contra de PSD, Chega, Iniciativa Liberal, PCP e BE.