O líder do Livre afirma que, no plano orçamental, o partido e o Governo parecem estar em polos opostos. Rui Tavares sublinha que o foco do documento não pode estar em quem já é mais beneficiado.
“Nós achamos bem, porque somos patriotas, que as contas batam certo, mas achamos que a prioridade, o foco das políticas públicas, não pode estar nos que são já mais beneficiados”, defendeu o líder do Livre, esta terça-feira, em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, depois de uma reunião com uma delegação do Governo, a propósito das negociações para o Orçamento do Estado de 2025.
Rui Tavares queixa-se de falta de “disponibilidade” do Governo para “avançar em medidas sociais, em medidas ecológicas, em medidas de inovação na economia portuguesa, que implicam o investimento público que Portugal não tem feito estes anos todos".
Nova reunião sem avanços
O líder do Livre afirma que, no atual quadro orçamental, o partido e o Governo estão em “polos opostos” e acusa o Executivo de não ter apresentado qualquer avanço nas negociações em relação à última reunião, que acontecera em julho.
Rui Tavares confirmou ainda que, segundo o cenário macroeconómico transmitido aos partidos pelo Governo, o crescimento económico deverá ser em torno dos 2%, existindo um "superavit moderado de 0,2% ou 0,3%".
Os ministros de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, da Presidência, António Leitão Amaro, e dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, estão, esta terça-feira, em reuniões com os partidos com assento parlamentar, para negociar o Orçamento do Estado para 2025. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, está ausente destas negociações, assim como o líder da oposição, Pedro Nuno Santos.