O PAN foi o primeiro a ser recebido pelo Governo no parlamento. À saída do encontro, Inês Sousa Real, porta-voz do partido, confessou que deixou a reunião "com alguma preocupação".
"É com alguma preocupação que saímos desta reunião, porque a visão do Governo para o Orçamento choca com a visão do progresso que o PAN tem para a sociedade", disse a responsável.
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, Inês Sousa Real explicou que, para o PAN, o Orçamento do Estado para 2025 deve "dar continuidade a políticas que até aqui têm sido prosseguidas", mas também "tem de dar resposta a eixos estruturais", tendo em conta o saldo positivo de 500 milhões de euros.
"O que não pode acontecer é termos um micro-orçamento, que possa cingir-se a algumas normas do ponto de vista do que possam ser os escalões do IRS", afirmou a deputada única do PAN.
"O PAN acompanha que é fundamental atualizarmos os escalões do IRS à taxa de inflação, mas temos de ter mais ambição. Não podemos continuar a ser o país onde continuamos a ter, todos os verões, grávidas a darem à luz nas rotundas e a não resolver o problema no OE", acrescentou.
Segundo a porta-voz, no encontro com o Governo, o partido deixou "bem claro as suas linhas vermelhas", bem como a necessidade de "execução do OE2024 e das suas prioridades".
"Caberá agora ao Governo disponibilizar-se para efetivamente se aproximar desta visão de progresso da sociedade e não deixar cair políticas que, até aqui, custaram muito a conquistar", garantiu.
A segunda ronda de reuniões entre Governo e partidos da oposição com assento parlamentar sobre o Orçamento do Estado para 2025 arrancou esta terça-feira, sem a participação do primeiro-ministro e dos líderes do PS, Chega, IL e PC