Pedro Nuno Santos diz que as declarações do primeiro-ministro e os comunicados do Governo são uma "provocação infantil". André Ventura continua a garantir que o Chega está fora de negociações.
"Só não haverá orçamento se o Governo não quiser, se o Governo não perceber que não tendo maioria absoluta tem de ceder ao PS", defendeu Pedro Nuno Santos.
As cedências de que fala Pedro Nuno Santos já são conhecidas. O IRS jovem proposto pelo Governo e a descida do IRC são os principais entraves à viabilização do Orçamento do Estado.
Na sexta-feira, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos vão, finalmente, sentar-se à mesma mesa, depois da troca de comunicados entre ambas as partes.
Quem já se reuniu com o primeiro-ministro foi André Ventura. Uma reunião "discreta", mas não "secreta", como diz São Bento, mas que não quis torná-la do conhecimento público, assim como o líder do Chega.
O Presidente da República já vai deixando alertas de que um chumbo do Orçamento provocará uma crise. Perante esse cenário, em que o PS fica de fora, o irrevogável de Ventura mantém-se.
Ao contrário de André Ventura e de Luís Montenegro, Rui Rocha não faz do encontro em São Bento um segredo, mas diz que o partido ainda não tem posição definida.
A proposta inicial do Orçamento tem de ser entregue até 10 de outubro.