Orçamento do Estado

Aumento extra de pensões: Governo acusa PS e Chega de conluio, Marcelo saúda trabalhos parlamentares

O Presidente da República saúda os trabalhos parlamentares e a discussão na especialidade do Orçamento do Estado que vão permitir o aumento extraordinário das pensões. A proposta do Partido Socialista (PS) tem aprovação garantida, no Parlamento. O Governo acusa o Partido Socialista (PS) e o Chega de estarem em conluio contra o executivo.

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Da parte do Chega está decidida a viabilização da proposta do Partido Socialista (PS) para o aumento extraordinário das pensões.

"O único lugar do partido Chega neste momento e nesta legislatura, desde as eleições de março, tem sido ser moleta do Partido Socialista (PS)", defende António Leitão Amaro, ministro da Presidência.
"O Partido Socialista (PS) e o Chega têm muito mais em comum do que aquilo que gostam de mostrar. Porque nas palavras, o Chega e o PS combatem-se ferozmente no Parlamento. Mas depois no dia das votações, o Chega e o PS casam mesmo sempre", afirma Hugo Soares, líder parlamentar do PSD.

Entendimentos entre Partido Socialista (PS) e Chega no IRS, nas SCUTS, no IVA da eletricidade e agora em pleno Orçamento do Estado para as pensões.

"O Chega não altera a sua posição sobre pensões, sobre salários, sobre corrupção à medida das conjunturas parlamentares. O Chega há muitos anos que defende um aumento das pensões em Portugal. Não vai mudar de posição por essa proposta ser do partido A, B ou C", afirma André Ventura, líder do Chega.
"O Chega viabilizará todas as propostas que sejam dentro da margem orçamental", acrescenta.

Como quem diz que não viabiliza as propostas do Bloco de Esquerda (BE) e do PCP. Com um custo que fez a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social falar em poços de petróleo para pagar a proposta comunista.

"Nós fizemos as contas. 5% no mínimo de 70 euros é um créscimo 1800 milhões de euros aquilo que o Governo já tem previsto. Isto equivale aos benefícios fiscais em sede de IRC que Governo pretende atribuir aos grupos económicos", defende Paula Santos do PCP.

É por isso, uma opção politica. Dizem os comunistas que desafiam o Partido Socialista (PS) a acompanhar a proposta de 5% de aumento. Mas que acabam por admitir que estarão ao lado dos socialistas para viabilizar a proposta do Partido Socialista (PS) que aumenta as pensões em 1,25 pontos percentuais para quem recebe até 1566 euros.

E com PCP, Bloco de Esquerda (BE), Livre, PAN e a abstenção do Chega, o aumento extraordinário das pensões fica com luz verde do Parlamento.

O Presidente da República saúda a discussão parlamentar que vai permitir o aumento das pensões, que segundo as contas socialistas, vai custar 265 milhões de euros.