Papa Francisco

Entrevista SIC

Américo Aguiar: "Não há data mais bonita para regressar à casa do Pai que não seja a semana da Páscoa"

"Os homens e mulheres de boa vontade, cada um agora dará tempo para que Deus aconteça, para que o silêncio e a oração aconteçam e Deus vai providenciar o Papa certo, para o tempo certo, com os desafios que temos, quer para a Igreja, quer para o mundo", acredita o cardeal Américo Aguiar, bispo de Setúbal.

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A notícia da morte do Papa Francisco surgiu um dia depois do Sumo Pontífice ter surpreendido os fiéis ao aparecer na varanda da Basílica de São Pedro, no Vaticano, para dar a tradicional bênção "Urbi et Orbi". O cardeal Américo Aguiar sublinha a importância deste gesto que mostram "a força, a resiliência, apesar das adversidades próprias, da limitação".

"Ontem ficámos com a sensação de que o Papa estava a fazer um esforço suplementar para não deixar de marcar presença em data tão especial do domingo de Páscoa da bênção "Urbi et Orbi". O Papa, mais uma vez, esteve presente, apesar das limitações, apesar da fragilidade, e isso também é uma marca do seu pontificado. O Papa quis-nos ensinar que a doença, a fragilidade, a idade, as dificuldades, não são motivo para descartarmos ninguém.
De um modo especial, ele marcou até ao último dia, até às últimas horas, esta força, esta resiliência, apesar das adversidades próprias, da limitação, de estar até ao fim", sublinhou o bispo de Setúbal, em entrevista no Primeiro Jornal.

O Papa Francisco também desafiou muita gente, entrou em rutura com muitos interesses. Questionado sobre se esse pode ser motivo para um recuo na Igreja Católica, o cardeal Américo Aguiar afirma:

"Acredito profundamente que Deus envia sempre o Papa certo, na altura certa, para guiar a sua Igreja".