O sismo que afetou a Turquia e a Síria na semana passada, provocou pelo menos 33.179 mortes, segundo dados oficiais divulgados este domingo.
Antakya, na província de Hatay, foi uma das regiões mais afetadas pelo sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter que abalou a Turquia na madrugada de segunda-feira. Nesta cidade turca, com mais de 400 mil de habitantes, “praticamente não sobrou nada”, relatam os enviados da SIC.
Grande maioria da população ficou desalojada e encontra-se em tendas montadas pelas associações de ajuda humanitária nos arredores da cidade, sem saber quando será possível voltar ao centro. Perderam casas, carros e aquilo que nenhuma ajuda é capaz de reconfortar: familiares.
Entrar agora nesta cidade, em tempos cheia de vida é praticamente impossível: há barreiras que estão a ser controladas por militares. A equipa portuguesa de resgate, que neste sábado resgatou dos escombros uma criança de 10 anos, já não pode entrar, apenas as nacionais turcas continuam no terreno na esperança(que a cada dia diminui), de encontrar algum sobrevivente.
“É uma cidade completamente diferente daquela que encontramos quando viemos cá pela primeira vez. Antes encontrávamos os moradores, sobretudo em frente aos edifícios destruídos a ver as operações das equipas de resgate, e neste momento, não vemos ninguém a caminhar nas ruas a não ser os bombeiros, a proteção civil, militares e policia”, conta Diogo Martins, enviado da SIC.
Os estragos continuam por contabilizar, e mesmo edifícios que não caíram, encontram-se muitos danificados, obrigando os moradores a terem de sair das suas casas em busca de ajuda.