O Conselho Superior da Magistratura insiste que não houve irregularidades na distribuição de nenhum processo no "Ticão". Depois do juiz Ivo Rosa ter alegado ilegalidades na entrega do processo da Operação Marquês ao juiz Carlos Alexandre, o órgão máximo dos juízes reapreciou o processo.
É a segunda vez que o órgão máximo dos juízes conclui que nunca houve irregularidades na distribuição de processos no Tribunal Central de Instrução Criminal.
A dúvida já tinha sido apreciada pelo Conselho Superior da Magistratura, mas, na decisão instrutória da Operação Marquês, o juiz Ivo Rosa voltou a levantar suspeitas sobre a forma como o processo foi parar às mãos do colega Carlos Alexandre na fase de inquérito
O órgão que superintende os juízes reapreciou todo o processo e é taxativo ao afirmar que não detetou nenhuma irregularidade nem qualquer infração disciplinar.
Na mesma reunião plenária, o Conselho da Magistratura decidiu também apoiar uma reforma de estrutura do "Ticão". Deixa claro que não basta aumentar o número de juízes que lá trabalha – atualmente são dois – e admite ser preferível a sua fusão com os restantes tribunais de instrução criminal de Lisboa. Ou, por outro lado, dividir as suas competências pelo país.
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