O ex-secretário de Estado das Infraestruturas Miguel Pinto Luz defendeu esta quarta-feira o processo de privatização da TAP em 2015, apontando ao PS, ao afirmar que não foi conduzido pela aplicação de troca de mensagens instantâneas Whatsapp.
O antigo secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações Miguel Pinto Luz, no XX Governo Constitucional (PSD/CDS), liderado por Pedro Passos Coelho, foi ouvido numa audição na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação a requerimento do PS sobre "o processo de privatização da TAP".
O social-democrata assinalou que o processo de privatização da TAP, em 2015, foi "devidamente publicitado, auditado e considerado pelo Tribunal de Contas como 'regular' e 'eficaz'", considerando que foi "exemplar".
"Isso não é ideologia. É só populismo"
Miguel Pinto de Luz defendeu que o contrato de venda da companhia aérea portuguesa era "mais um caderno de encargos para o comprador do que propriamente um contrato de venda".
"O processo de privatização da TAP não foi gerido por whatsapp", afirmou, acrescentando não acreditar que "a TAP seja uma matéria de diferença ideológica entre o PSD e o PS", uma vez que, considerou, "o PS já disse tudo sobre a TAP e o seu contrário também".
"Isso não é ideologia. É só populismo", disse.
Para Miguel Pinto Luz, "o que aconteceu na TAP e à TAP nestes últimos sete anos, pela destruição de valor que significou é um dos maiores atentados económicos ao país desde as intervenções do Estado na CUF ou na Lisnave".
"Como português só posso desejar que, depois de tudo o que aconteceu, o novo processo de privatização seja tão transparente, acautelado e bem-sucedido como foi o processo de 2015", referiu.