Frederico Pinheiro deixou fortes acusações na comissão de inquérito à TAP, que comprometem o ministro das Infraestruturas e o primeiro-ministro. Bernardo Ferrão recorda algumas das declarações deixadas pelo antigo adjunto de João Galamba, nomeadamente, a importância do computador, a ameaça de agressão física por parte de Galamba e o encontro com um agente das Secretas.
Frederico Pinheiro sublinha que o Ministério queria o computador não para recolher informação classificada, mas para intimidar o ex-adjunto. Perante esta declaração, Bernardo Ferrão questiona que, se o Ministério das Infraestruturas queria o computador, porque não levou também o telemóvel?
Além disso, o relato de Frederico Pinheiro sobre o encontro com o espião do SIS é "completamente aterrador", na ótica de Bernardo Ferrão.
Frederico Pinheiro, que se sentia ameaçado pelo SIS, quis ser acompanhado por uma familiar que é procuradora-geral, ao qual o agente das secretas discordou, pedindo que fossem apenas os dois nessa entrega do computador.
"Todo este relato e todo este encontro, que foi feito entre um agente das Secretas e o ex-adjunto, exige responsabilização, que deve ser sacada a quem tutela os serviços secretos, que é António Costa".
Acrescenta que, no fundo, a responsabilidade recai mais sobre o lado de António Costa, isto porque, decidiu não aceitar a demissão de João Galamba.