TAP: o futuro e as polémicas

TAP: como transformar 170 horas da comissão de inquérito num relatório consensual?

Relatório preliminar do inquérito à TAP vai ser entregue no Parlamento, a relatora é deputada do PS e espera que os partidos possam rever-se em algumas partes do relatório.

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O relatório preliminar da Comissão de Inquérito à TAP vai ser entregue esta terça-feira no Parlamento. A relatora é a deputada do Partido Socialista (PS) Ana Paula Bernardo, que tem como objetivo preparar um documento que reúna consenso entre os partidos.

O relatório quer espelhar o que aconteceu nas quase 170 horas de audições, uma tarefa que não é fácil, pois o que foi dito teve várias leituras.

À SIC, o PSD diz que o documento deve cingir-se aos factos e não ter interpretações políticas. A relatora, deputada do PS, faz parte do secretario nacional da UGT e foi consultora de Marcelo Rebelo de Sousa entre 2016 e 2022.

Ao Expresso, a deputada admitiu que o consenso é difícil, mas espera que os partidos possam rever-se em algumas partes do relatório.

A turbulência foi grande

Durante inquérito a Direita defendeu que houve ingerência política do Governo na TAP. A Esquerda mostrou-se contra a privatização e acusou David Neeleman de comprar a companhia aérea com dinheiro da TAP.

Da indemnização, que tirou Pedro Nuno Santos do Governo, à novela no Ministério das Infraestruturas, passando pelas demissões dos presidentes da TAP, as peças são muitas e o puzzle dificilmente agradará à oposição.

Os partidos podem sugerir alterações até segunda-feira depois a verdade que vai ficar no relatório tem aprovação garantida pelo PS, mas não se sabe se terá o acordo de mais algum partido.