A tragédia dos incêndios de Pedrógão Grande começou esta segunda-feira a ser julgada, ao fim de quatro anos. Onze arguidos sentam-se no banco dos réus para responderem pela morte de 66 pessoas e ferimentos em dezenas.
A acusação mais pesada é contra Augusto Arnaut, comandante dos Bombeiros de Pedrógão Grande, acusado de 63 crimes de homicídio. A mesma acusação recai sobre José Geria e Casimiro Pedro, funcionários da antiga EDP Distribuição.
Três funcionários da Ascendi, José Revés, Ugo Berardinelli e Rogério Mota são acusados de 34 crimes de homicídio. Eram responsáveis pela gestão e manutenção da Estrada Nacional 236-1.
No banco dos réus estão também três autarcas: Valdemar Alves, presidente da Câmara de Pedrógão Grande, que responde por sete mortes; Fernando Lopes, ex-presidente da Câmara de Castanheira de Pera, que responde por 10 mortes; e Jorge Abreu, presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos que está acusado de dois óbitos.
Em julgamento estão ainda José Graça, ex-vice-presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, por sete crimes de homicídio; e Margarida Gonçalves, do gabinete florestal da Câmara de Pedrógão, por sete crimes de homicídio.
O arranque do julgamento, esta manhã no Tribunal de Leiria, ficou condicionado pela greve de funcionários judiciais e pela falta de condições na sala.