A Direção-Geral da Saúde e o Infarmed anunciaram esta segunda-feira a suspensão da administração da vacina da AstraZeneca.
"Portugal tinha resistido muito bem até ontem a esta pressão. Ontem acabou por ceder", diz Miguel Guimarães sobre a "pausa" na administração da vacina da AstraZeneca, uma decisão que considera precipitada.
O bastonário da Ordem dos Médico fala em "efeito dominó", onde "cada país começou a tomar a sua decisão individual", o que "em termos de comunicação não favorece aquilo que é a confiança no plano de vacinação".
"A forma como se comunicam estas situações, sem ter antes aquilo que é o parecer definitivo (...) gera algum clima de desconfiança no plano de vacinação e concretamente nesta vacina."
Para Miguel Guimarães, neste momento vai ser necessária uma "mega campanha para as pessoas ganharem confiança nas vacinas". Defende que seja transmitida "uma mensagem de tranquilidade, serenidade, calma, confiança e segurança à população".
"A relação de causalidade entre os efeitos tromboembólicos e a vacina ainda não está provada. (...) E mesmo que se verifique a sua causalidade são extremamente raros."
Reforça ainda a ideia de que os "benefícios das vacinas superam largamente os riscos" e que a percentagem de casos reportados de fenómenos tromboembólicos é "muitíssimo pequena".
"Quando nós tivermos os portugueses todos vacinados vamos continuar a ter imensos fenómenos tromboembólicos, enfartes agudos do miocárdio, AVC, doenças oncológicas."
- Vacina da AstraZeneca. "O risco-benefício é claramente a favor da vacinação"
- Cada vez mais países suspendem vacina da AstraZeneca. OMS pede à população para não entrar em pânico
- António Costa: Vacina da AstraZeneca é "segura e efetiva"
- Vacina da AstraZeneca. Especialistas consideram que não há razões para alarme
- "Mantenha-se tranquilo, as reações são extremamente raras". Mas atenção aos sintomas, pede DGS