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AstraZeneca. Ordem dos Médicos apela a serenidade e reafirma confiança

Relembra que não existe uma relação de causa-efeito entra a vacina e os eventos tromboembólicos.

AstraZeneca. Ordem dos Médicos apela a serenidade e reafirma confiança
Florion Goga

A Ordem dos Médicos apelou esta quarta-feira a “serenidade” e reafirmou confiança nos benefícios da vacinação, depois de vários países europeus, incluindo Portugal, terem suspendido a administração da vacina da AstraZeneca contra a covid-19.

Em comunicado, a Ordem explica que a informação preliminar da Agência Europeia do Medicamento (EMA) indica que o número de eventos tromboembólicos registados nas pessoas vacinadas “não é superior ao identificado na população geral”.

Relembra ainda que atualmente não existe uma relação de causa-efeito entra a vacina da AstraZeneca e os eventos tromboembólicos, não estando provado que estes tenham sido provocados pela administração desta vacina.

Pede, por isso, que se mantenha uma “atitude de confiança e tranquilidade” e que o processo de imunização seja conduzido com “clareza e transparência”, sublinhando que “alguns dias de pausa” não comprometerão a processo de vacinação a nível mundial.

A Ordem dos Médicos diz-se preocupada com o impacto das notícias na adesão à vacinação e apela a um “espírito global” e “posição conjunta” por melhores resultados, sublinhando que aguarda com tranquilidade as decisões finais da EMA e da OMS.

"Portugal tinha resistido muito bem a esta pressão. Ontem acabou por ceder"

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O bastonário da Ordem dos Médico falou, em entrevista à SIC Notícias na terça-feira, num "efeito dominó", em que "cada país começou a tomar a sua decisão individual", o que "em termos de comunicação não favorece aquilo que é a confiança no plano de vacinação".

"A forma como se comunicam estas situações, sem ter antes aquilo que é o parecer definitivo (...) gera algum clima de desconfiança no plano de vacinação e concretamente nesta vacina."

Para Miguel Guimarães, neste momento vai ser necessária uma "mega campanha para as pessoas ganharem confiança nas vacinas". Defende que seja transmitida "uma mensagem de tranquilidade, serenidade, calma, confiança e segurança à população".

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