A ARS de Lisboa e Vale do Tejo afirma não ter conhecimento destes casos, mas são vários os relatos de utentes que garantem não lhes ter sido dada a opção de receber a vacina da Pfizer ou da Moderna, como previsto.
A recomendação da DGS - publicada há uma semana - é clara. "As pessoas com menos de 60 anos de idade devem receber uma dose de vacina de mRNA (Pfizer ou Moderna) após a primeira dose de VAXZEVRIA (o nome da vacina da AstraZeneca)."
Ainda assim, no centro de vacinação da cidade universitária, em lisboa, o maior do país, nem todos os utentes estão a ter essa possibilidade.
"Eu perguntei mas disseram que não havia alternativa. Não era a que eu queria, mas prefiro essa que nenhuma", disse um utente.
Questionada pela SIC, a ARS de Lisboa e Vale do Tejo, garante que há várias marcas de vacinas disponíveis neste centro de vacinação e rejeita que tenham sido vacinadas pessoas com menos de 60 anos com a vacina da Astrazeneca.
No entanto, foram vários os relatos de utentes, com menos de 60 anos, que receberam a vacina da Astrazeneca ou a quem nada foi perguntado sobre qual vacina preferiam tomar.
Outros utentes vacinados quase à mesma hora, e no mesmo centro, acabaram por ter experiências diferentes. "Primeira dose Astrazeneca. Agora deram-me opção".
De acordo com as autoridades de saúde, tomar a segunda dose da Astrazeneca deveria ser a exceção. E, apesar de não comentar este caso em concreto, o Vice-Almirante Gouveia e Melo reforça o sentido da norma.
"As pessoas têm que dar o consentimento informado. Se não, fazem a vacinação cruzada com a Pfizer ou Moderna", disse o responsável pela campanha de vacinação.
Este consentimento, para quem opta pela Astrazeneca, tem de ser dado através de um formulário, que não foi disponibilizado neste centro.