Hélder Mota Filipe, consultor na Agência Europeia do Medicamento, considera que até haver evidência científica não se deve falar da administração da terceira dose da vacina.
"Enquanto não tivermos estes dados não devemos falar na terceira dose, porque ainda não há dados que permitam dizer que a proteção não está mantida durante um período longo."
O consultor da Agência Europeia do Medicamento afirma que a meta atingida de 70% de pessoas vacinadas em Portugal não pode ser pretexto para baixar os braços.
Com 70% da população portuguesa com a vacinação completa, Marta Temido admite alívio das restrições
A ministra da Saúde informou esta quinta-feira, em entrevista à SIC, que foi atingida a meta de 70% da população portuguesa com a vacinação completa contra a covid-19. O objetivo é atingido algumas semanas antes do previsto, já que o Governo apontava a chegada a este número para o início de setembro.
Marta Temido sublinha que a utilização de máscara “terá de ser sempre conciliada com as circunstâncias”. Ainda assim, a ministra diz que "ao ar livre, o distanciamento é barreira suficiente".
Sobre a necessidade de uma terceira dose da vacina contra a covid-19, a ministra da Saúde revela que as autoridades de saúde e o Governo estão a aguardar as orientações da Agência Europeia do Medicamento.
Marta Temido diz que os resultados dos estudos deverão ser conhecidos no final de agosto e, questionada sobre os inquéritos serológicos nos lares de idosos, que têm como objetivo avaliar a resposta imunitária, afirma que estes não serão determinantes no que diz respeito à decisão sobre a terceira dose.
Task-force prevê 85% de vacinados em setembro
O vice-almirante Gouveia e Melo disse, esta quinta-feira, na Edição da Noite da SIC Notícias, que é expectável que no final de setembro 85% da população esteja totalmente vacinada contra a covid-19. Apontou para a vacinação de 150 mil jovens no fim de semana e reafirmou que está focado no presente.
"A previsão é atingirmos os 85% entre a terceira semana e a quarta semana de setembro. O ritmo depende de muitas coisas", disse o responsável, acrescentando que é preciso que a "população colabore".
"As férias vieram ter algum impacto no ritmo de vacinação", afirmou também Henrique Gouveia e Melo.