O Ministério da Saúde deu indicações às Administrações Regionais de Saúde (ARS) para contratarem todos os profissionais necessários para que o processo de vacinação contra a gripe e a covid-19 decorra "dentro da normalidade", foi esta sexta-feira anunciado.
A informação foi avançada pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde na conferência de imprensa sobre a vacinação, em Lisboa, em resposta a questões colocadas pelos jornalistas sobre queixas de enfermeiros contratados por empresas externas que estão diariamente nos centros de vacinação e alguns estão a recusar-se a fazer alguns turnos porque não estão a ser devidamente remunerados.
Questionado se esta situação pode comprometer o processo de vacinação, António Lacerda Sales afirmou que foram dadas indicações aos presidentes das ARS para que contratassem todos os profissionais necessários de acordo com o processo que agora está a decorrer.
As orientações foram no sentido que fossem contratados os enfermeiros, médicos, assistentes técnicos e assistentes operacionais necessários para que "este processo decorresse dentro da normalidade e, obviamente, com os pagamentos a serem feitos dentro dos quadros legais já existentes à semelhança do que foi feito durante a primeira fase" da vacinação contra a covid-19.
Lacerda Sales assegurou ainda que não foi dispensado nenhum profissional de saúde dos que foram alocados na primeira fase da vacinação, podendo continuar a poder estar nos centros de vacinação.
Questionado ainda se devido ao aumento de casos de covid-19 poderá haver uma reestruturação dos serviços nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde para aumentar a capacidade de resposta, António Lacerda Sales referiu que o SNS já provou a sua capacidade de resposta em fases do pico da pandemia como a de janeiro passado.
O SNS, sublinhou, "já provou a sua capacidade de resposta, a sua resiliência a sua elasticidade e a sua expansibilidade relativamente à capacidade que tem de poder receber estes doentes".
"Também agora já planeámos e pedimos os planos de contingência de todos os hospitais que já apresentaram os planos de contingência e também todas as escalas, nomeadamente as escalas de urgência e internas para que pudessem apresentá-las até ao final do ano" para poderem estar preparados para um eventual crescimento de casos, disse o governante.
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