Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros, reafirma que a ordem não recomenda vacinação contra a covid-19 a crianças saudáveis.
"A vacina é muito eficaz em casos graves e na questão da mortalidade, mas as crianças são seres que ainda não têm sistema imunitário completo e ainda não há evidencia científica que o benefício seja superior ao risco", diz.
No entanto, diz que é a favor da vacinação em crianças com doença grave.
Questionada sobre o peso positivo da vacinação na saúde mental das crianças, a responsável reconhece que a saúde mental "pesa" na decisão. No entanto, afirma:
"Decisões de vacinar ou não tem de ser tomadas com uma base: a segurança da vida. A vida das crianças esta acima de qualquer coisa".
EMA aprova vacina da Pfizer para crianças dos 5 aos 11 anos
A Agência Europeia de Medicamentos aprovou o uso da vacina da BioNTech/Pfizer em crianças dos 5 aos 11 anos, em duas doses mais pequenas do que as que são dadas aos adultos.
"O Comité dos Medicamentos para Uso Humano da EMA recomendou a concessão de uma extensão de indicação para a vacina Comirnaty [nome comercial da vacina do consórcio farmacêutico BioNTech/Pfizer] para incluir a utilização em crianças dos 5 aos 11 anos de idade", informa o regulador europeu em comunicado.
A vacina da Pfizer, já utilizada a partir dos 12 anos, é a primeira aprovada na União Europeia para crianças dos 5 aos 11 anos. O regulador europeu diz que, apesar das crianças serem menos suscetíveis a doença grave, continuam a transmitir a outras pessoas.
A agência europeia reuniu em Amsterdão para decidir sobre a vacinação infantil, já adotada em Israel, Áustria, Canadá e Estados Unidos da América.
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