Bruxelas irá concluir dentro de dias um novo acordo com a Pfizer-BioNTech para a compra de 1,8 mil milhões de doses da vacina contra a covid-19, foi esta sexta-feira anunciado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Ainda não foram adiantados detalhes quanto aos prazos de entrega, no entanto sabe-se que as autoridades europeias estão a tentar garantir vacinas suficientes para o período entre 2022 e 2023.
"Estamos a trabalhar com a BioNTech-Pfizer num novo contrato. (...) O que irá incluir 1,8 mil milhões de vacinas para 2022-2023. Será concluído nos próximos dias e vai garantir as doses necessárias para aumentar a imunidade", disse.
O comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, diz que em julho haverá vacinas suficientes para vacinar 70% população adulta.
Com base neste acordo será possível inocular 450 milhões de europeus ao longo dos próximos dois anos. Este é o terceiro acordo celebrado entre Bruxelas e a Pfizer. Ao abrigo dos dois contratos anteriores foram adquiridas 600 milhões de doses.
A notícia é avançada no dia em que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, visita uma das fábricas onde as vacinas da Pfizer estão a ser produzidas acompanhada pelo CEO da farmacêutica.
Também esta sexta-feira soube-se que a farmacêutica Modera espera conseguir, até ao final do verão, uma vacina eficaz contra as diferentes variantes do vírus.
Comissão Europeia prepara-se para processar a AstraZeneca
A Comissão Europeia está considerar processar a AstraZeneca devido às sucessivas falhas na entrega de vacinas.
A decisão ainda não está tomada, mas Bruxelas diz que todas as opções estão em cima da mesa para garantir a distribuição dos 300 milhões de doses contratualizados.
Países como Alemanha, França ou Holanda ainda têm reservas em avançar para os tribunais. Portugal remete a decisão para a Comissão Europeia. Questionado sobre a hipótese, o secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales, disse que Portugal acompanha as decisões de Bruxelas.
O mecanismo de resolução de litígios, previsto no contrato com a AstraZeneca, foi acionado em março, mas Bruxelas poderá decidir ir mais longe.
A empresa deveria ter entregado 120 milhões de doses no primeiro trimestre, mas não chegou a entregar sequer um terço e no segundo trimestre prepara-se também para entregar apenas 70 milhões dos 180 milhões contratualizados.
Porque é que a Comissão Europeia pondera processar a AstraZeneca?
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