A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou esta terça-feira que as vacinas são eficazes contra a nova variante Ómicron da covid-19, detetada na África do Sul, ao protegerem os infetados de doença grave.
"Não há razão para duvidar" de que as vacinas atuais protegem os doentes infetados com Ómicron contra formas graves de covid-19, indicou esta terça-feira o responsável pela resposta de emergência em saúde pública da OMS, Michael Ryan, numa entrevista à France-Presse.
"Temos vacinas muito eficazes que se mostram potentes contra todas as variantes até agora, em termos de gravidade da doença e hospitalização, e não há razão para acreditar que não seja o caso" com a Ómicron, disse Michael Ryan, frisando que se está no início de estudos de uma variante detetada apenas a 24 de novembro e que desde então foi registada em cerca de 40 países.
37 casos associados à variante Ómicron em Portugal
O número de casos associados à variante Ómicron em Portugal subiu para 37 em Portugal, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), que colocam a hipótese de circulação comunitária desta variante no país de uma forma residual.
O relatório semanal do INSA sobre a diversidade genética do coronavírus SARS-CoV-2 no país, divulgado esta terça-feira, refere que estão identificados "um total de 37 casos (da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2) por pesquisa dirigida de mutações e/ou sequenciação do genoma viral".
Colocando-se "como hipótese a existência de circulação comunitária da variante Ómicron em Portugal nos períodos analisados (hipótese não confirmada até à data), estes dados sugerem que a circulação terá sido residual", lê-se no relatório.
Covid-19 em França, Áustria e Reino Unido
França tem mais de 11 mil internados e os hospitais já estão em situação de alerta devido à pandemia. O primeiro-ministro francês afasta a necessidade de confinar o país, mas apela à responsabilidade individual, sobretudo nas quadras festivas, para evitar um aumento de contágios.
As discotecas vão fechar a partir de sexta-feira e o uso de máscara na escola vai ser reforçado, mesmo nos intervalos.
Depois de impor um confinamento parcial até este fim de semana, a Áustria anunciou que quem não estiver vacinado vai ter de ficar em casa durante mais uma semana.
No Reino Unido, um estudo feito em Oxford mostra que houve melhor resposta e aumento de imunidade em pessoas que receberam duas doses, mas de vacinas diferentes.
A resposta muito boa, diz o estudo, pode ser uma notícia favorável aos países mais pobres.
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