Os números da Covid-19

Portugal com mais uma morte e 241 novos casos de covid-19 em 24 horas

Índice de transmissibilidade e taxa de incidência continuam a subir.

Portugal com mais uma morte e 241 novos casos de covid-19 em 24 horas
Violeta Santos Moura

Portugal regista esta segunda-feira mais uma morte e 241 novos casos de covid-19, segundo o relatório diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde o início da pandemia em Portugal já morreram 17.018 pessoas com a doença e foram identificados 845.465 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, estando esta segunda-feira ativos 22.468 casos, menos 47 em relação a domingo.

O boletim da DGS revela que estão internados 239 doentes, mais 19 do que no dia anterior. Nos cuidados intensivos estão 57 doentes, menos 1.

Os dados indicam ainda que mais 287 doentes foram dados como recuperados, fazendo subir para 805.979 o número total de recuperados desde o início da pandemia em Portugal, em março de 2020. As autoridades de saúde têm sob vigilância 19.588 contactos, mais 109 relativamente ao dia anterior.

Índice de transmissibilidade e taxa de incidência continuam a subir

O índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus SARS-Cov-2 em Portugal subiu para 1,06, enquanto a incidência de casos de infeção por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias aumentou para 55,6.

Os números anteriores destes indicadores, divulgados na sexta-feira, indicavam um Rt de 1,03 e uma incidência de 52,6 casos por 100.000 habitantes.

No boletim epidemiológico conjunto da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgado esta segunda-feira, os números relativos apenas a Portugal continental revelam que o Rt continua a subir, passando de 1,03 para 1,06, assim como a incidência de casos de infeção por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, que aumentou de 52,6 para 55,6 a nível nacional.

Os dados do Rt e da incidência são atualizados à segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira.

Morte registada ocorreu na região Norte

A morte registada esta segunda-feira ocorreu na região Norte, onde foram identificadas 60 novas infeções por SARS-CoV-2, totalizando 339.356 casos de infeção e 5.353 mortes desde o início da pandemia. Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 97 casos de infeção, contabilizando-se até agora 319.446 casos e 7.211 mortos.

Na região Centro registaram-se mais 20 casos, acumulando-se 119.553 infeções e 3.020 mortos. No Alentejo foram assinalados mais oito casos, totalizando 30.083 infeções e 971 mortos. Na região do Algarve, o boletim revela que foram registadas mais 13 infeções, acumulando-se 22.161 casos e 363 mortos.

A região Autónoma da Madeira registou 17 novos casos, contabilizando 9.631 infeções e 68 mortes devido à covid-19, desde março de 2020. Os Açores têm 26 novos casos e contabilizam 5.235 casos e 32 mortos desde o início da pandemia, segundo a DGS.

Dados por género e faixa etária

O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 461.052 mulheres e 384.056 homens, mostram os dados da DGS, segundo os quais há 357 casos de sexo desconhecido, que se encontram sob investigação, uma vez que esta informação não é fornecida de forma automática.

Do total de vítimas mortais, 8.939 eram homens e 8.079 mulheres. O maior número de óbitos continua a concentrar-se nos idosos com mais de 80 anos, seguidos da faixa etária entre os 70 e os 79 anos.

OMS quer pelo menos 10% da população de cada país vacinada até setembro

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, pediu aos Estados-membros que se apliquem numa "campanha de vacinação em massa de pelo menos 10% da população de cada país até setembro, bem como na vacinação de pelo menos 30% até ao fim do ano".

Para atingir esses objetivos são precisas "centenas de milhões de doses adicionais", que precisam de começar a ser providenciadas já no início de junho. A Organização Mundial de Saúde (OMS) condenou ainda que "um pequeno grupo de países" açambarque vacinas contra a covid-19".

"Mais de 75% de todas as vacinas foram administradas em 10 países", afirmou o diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, na abertura da Assembleia Mundial da Saúde, a reunião magna de todos os países membros da agência das Nações Unidas para a saúde.

A OMS dirigiu-se também aos fabricantes de vacinas, que "devem fazer a sua parte, garantindo que os países que queiram partilhar doses através do mecanismo de distribuição equitativa Covax e apelou para que deem direito de opção em novos volumes de vacinas ou destinem 50% das vacinas que fabriquem ao Covax.

Através desse mecanismo em que colaboram a OMS, a Aliança Global de Vacinas e outros organismos, "foram enviados 72 milhões de doses de vacinas para 125 países, mas essas doses apenas são suficientes para menos de 1% do total das populações desses países".

Tedros Ghebreysus salientou que "há três semanas consecutivas que há uma descida no número de novos casos e mortes a serem reportadas, mas globalmente, a situação continua frágil": "Nenhum país deve presumir que está safo, independentemente da sua taxa de vacinação. Até agora, não apareceram variantes que ponham em causa a eficácia de vacinas, meios de diagnóstico ou terapias, mas não há garantia de que isto continue a ser assim", alertou.

Ghebreyesus apontou ainda que ao ritmo atual, dentro de três semanas se atingirá um número de mortes com covid-19 superior ao total de 2020.

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