Governantes de 50 países estiveram reunidos em Ramstein para discutirem o envio de mais tanques e armamento para a Ucrânia. Esta semana, irrompeu uma hesitação por parte da Alemanha em aprovar a entrega de tanques Leopard 2 à Ucrânia. Os comentadores da SIC analisam as conclusões desta reunião e colocam na mesa outras novidades desta semana.
Nuno Rogeiro explica que a Alemanha não se vai opor à transferência dos carros de combate Leopard 2 através de terceiros que, a partir de agora países como Portugal já os podem fornecer à Ucrânia.
Os alemães não se comprometeram a fornecer os próprios tanques por dois motivos, adianta Nuno Rogeiro, porque “não têm a certeza que opinião pública alemã esteja a favor desse fornecimento” e porque “não têm a certeza que os carros existam em número suficiente em arsenal alemão”.
Sérvia e Irão afastados da Rússia
A Rússia depara-se com duas perdas importantes, indica José Milhazes. A Sérvia e o Irão tomaram uma posição que o país não estava à espera.
O Presidente da Sérvia proibiu a organização mercenária Wagner de recrutar sérvios para a guerra na Ucrânia. Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano reconhece que a Crimeia e o Donbass pertencem à Ucrânia.
A Rússia está a tornar-se cada vez mais solitária a nível internacional, entende José Milhazes.
Rússia instala medo em Moscovo
José Milhazes traz em cima da mesa mais uma "dose de propaganda russa", agora para instalar o medo entre os russos. O Kremlin mandou agora colocar aparelhos de defesa antiaérea nos edifícios principais de Moscovo, para um eventual ataque.
A declaração chocante de Lavrov
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo equiparou a guerra na Ucrânia com o genocídio de judeus pelas mãos de Hitler. Lavrov considerou que os russos são "os judeus do século XXI", o que é uma "barbaridade", refere José Milhazes,
Esta declaração teve um efeito ricochete, com o Governo de Israel e do Congresso Ibraico-Europeu a criticarem o político russo.
"O Holocausto foi o momento mais sombrio da história da humanidade e um evento único", sublinhou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, em resposta a Serguei Lavrov, citado pelo jornal Haaretz.