Os negócios afetados pelas cheias na Grande Lisboa tentam recuperar com a maior rapidez possível para evitar mais prejuízos. A situação é ainda mais dramática para quem ficou sem casa.
Aperceberam-se da chuva logo ao final da tarde, mas nunca pensaram que a água lhes entrasse pela casa.
"Quando começou a entrar água pelos rodapés, eu saí para ver o que estava a acontecer e isto já estava tudo inundado. Foi tudo muito rápido", contou Dina Silva à SIC.
A família só teve tempo de fugir. Estão há dois dias a dormir na casa de uma vizinha, enquanto procuram uma nova habitação.
"Ela não tem calçado. Ontem vieram aqui pessoal da Proteção Civil e da Igreja e trouxeram um saco para ela", afirma.
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Póvoa de Santo Adrião, em Odivelas, foi uma das zonas mais afetadas pelas cheias na madrugada de quinta-feira.
Na loja em Algés onde a SIC esteve pouca coisa se salvou: "Muitos livros, muitos álbuns, tudo cheio de lama, tudo cheio de água, ervas, bocadinhos de árvore e folhas. Não sei de onde é que isso veio, mas estava cá tudo dentro".
Em apenas alguns minutos, a água fez prejuízos que ainda estão a ser contabilizados.
"É um desespero, é uma coisa que eu nunca imaginei na vida", disse Mateus Sampaio, comerciante.
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Esta sexta-feira, as equipas da Câmara de Oeiras e algumas seguradoras estiveram em Algés a fazer o levantamento dos estragos.
Neste restaurante visitado pela SIC, estimam-se perdas superiores a 50 mil euros.
Na restauração e no comércio, os empresários só querem voltar rapidamente ao normal. Para isso, pedem apoio à autarquia e ao Governo.