Meteorologia

Cheias: Forças Armadas disponibilizam ajuda para zona metropolitana de Lisboa

Foram mobilizados 24 militares, três motobombas e duas retroescavadoras.

Cheias: Forças Armadas disponibilizam ajuda para zona metropolitana de Lisboa
JOÃO RELVAS

As Forças Armadas disponibilizaram esta terça-feira 24 militares, três motobombas e duas retroescavadoras no âmbito do apoio militar a emergências civis para ajudar nos efeitos da chuva intensa e cheias, informou o Estado-Maior-General.

Em comunicado, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) refere que "a Marinha, o Exército e a Força Aérea disponibilizaram esta terça-feira, no âmbito do apoio militar a emergências civis, 24 militares, três motobombas de alto débito e duas retroescavadoras, para apoio à proteção civil na sequência dos efeitos das chuvas fortes que se fizeram sentir desde a última noite".

"Foram, assim, empenhados seis militares com uma viatura e duas motobombas da Marinha, oito militares com duas viaturas e uma motobomba do Exército e 10 militares com duas máquinas retroescavadoras, duas viaturas pesadas e duas viaturas ligeiras da Força Aérea", detalham.

Os meios serão empenhados na área metropolitana de Lisboa, sendo que os da Marinha e do Exército irão apoiar os bombeiros "na retirada de água de locais afetados pelas cheias" e "serão deslocados para o Regimento de Sapadores Bombeiros - 5ª Companhia - Quartel de Monsanto".

O EMGFA refere que "os locais para empenhamento serão determinados pela ANEPC [Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil], através do Regimento de Bombeiros, considerando as necessidades identificadas".

Já os meios da Força Aérea serão empenhados "na limpeza de aluimentos de terra" em Loures.

"Este apoio surge no seguimento de um pedido de apoio da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) ao Estado-Maior-General das Forças Armadas", acrescentam.

A chuva intensa e persistente que caiu de madrugada causou esta terça-feira centenas de ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas nos distritos de Lisboa, Setúbal e Portalegre, onde há registo de vários desalojados.

Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, que levaram as autoridades a apelar às pessoas para permanecerem em casa quando possível e para restringirem ao máximo as deslocações.

No distrito de Santarém, a chuva fez aumentar os caudais do rio Tejo, levando a Comissão Distrital de Proteção Civil a acionar o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, dado o risco "muito significativo" de galgamento das margens do rio. Nesta bacia hidrográfica e na do Douro foi ativado o alerta amarelo.

Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, a zona baixa da vila ficou alagada e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto, segundo a Câmara Municipal, que prevê acionar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.