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Entrevista SIC Notícias

Tempo quente veio para ficar "pelo menos até final de julho, primeiros dias de agosto"

O climatologista Mário Marques explica que o aumento da temperatura fica a dever-se ao facto do anticiclone dos Açores se deslocar ligeiramente para Oeste, permitindo que haja uma deslocação de uma massa de ar muito quente e seco do Norte de África.

Cais das Colunas, Lisboa
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O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) aponta para subida da temperatura esta semana, espera-se que o calor fique até ao fim do mês. As temperaturas podem chegar aos 40 graus já na quinta-feira. O climatologista Carlos Pires explica o que se pode esperar para os próximos dias.

"A partir de quinta e sexta-feira vamos ter uma subida generalizada das temperaturas, especialmente na zona do Vale do Tejo, Setúbal, Lisboa, Évora, Beja, Faro. Na zona Oeste não tanto e na zona do Porto, mas vamos ter uma sequência de dias muito quentes, a partir de quinta, sexta-feira, por exemplo, na zona de Lisboa vamos atingir 37, 38 graus e vamos ter uma sequência de noites tropicais quentes com mínimas que a rondar os 22, 23 graus", refere o especialista.

O climatologista explica que esta situação fica a dever-se ao facto do anticiclone dos Açores se deslocar ligeiramente para Oeste, permitindo que haja uma deslocação de uma massa muito de ar quente e seco do Norte de África.

Sobre o que se podes esperar para as próximas semanas, o climatologista diz que "o tempo quente vai perdurar".

"Nas previsões a curto prazo, pelo menos até final de julho, primeiros dias de agosto, certamente. Para termos mais certeza, daqui a alguns dias poderemos confirmar isso, mas há grande probabilidade que estas temperaturas, não necessariamente com este valor de anomalia térmica, mas o tempo quente vai perdurar, sim", garante.

Carlos Pires lembra ainda que se tem assistido a uma vaga de calor intensa na Europa e que o mês de junho ultrapassou o recorde de 2003.

"Isto é preocupante para vários setores. Só de registar, por exemplo, no mês de junho houve 2.300 mortes associadas diretamente às vagas de calor (...) estamos um bocadinho fora de normal, com estas vagas de calor excessivamente longas", alerta o climatologista que recomenda o máximo cuidados nos próximos dias, devido ao aumento das temperaturas também em Portugal.

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