Hugo Sousa explicou à agência Lusa que a comitiva e a atleta portuguesa estavam a almoçar no hotel da organização, a cerca de 200 metros da meta da maratona, quando ouviram as explosões: "Percebemos que algo de grave tinha acontecido".
"A organização pediu-nos para estarmos com calma, esperar notícias e tentar perceber que se passou realmente. Não há explicações se foi acidente, explosão de conduta de gás, atentado, tudo o que se fala são especulações", descreveu.
De acordo com Hugo Sousa, havia 16 portugueses a correr a maratona, alguns amadores, mas desconhece-se a situação desses atletas.
As explosões terão ocorrido na zona das bancadas e "alguns dos feridos certamente eram pessoas que estavam ainda a cortar a meta", referiu.
Contactado pela Lusa, o cônsul de Portugal em Boston, Paulo Cunha Alves, disse que não tinha ainda qualquer informação sobre os feridos e se entre eles estão portugueses.
"Não temos notícias concretas ainda. Ainda é cedo", afirmou.
As duas explosões registaram-se cerca das 15:00 locais (20:00 de Lisboa) na reta final da Maratona de Boston, prova na qual Dulce Félix terminou em nono lugar.
O jornal New York Times adianta que as explosões foram ouvidas dentro do Fairmount Copley Plaza Hotel.
As imagens das televisões em direto do local mostram cenas de pânico, com os destroços a cobrirem as ruas e feridos a serem levados em macas.
Testemunhas oculares afirmaram à CNN que as duas explosões deram-se em sequência, uma a seguir à outra, e não em simultâneo.
Segundo a mesma cadeia de televisão, há pelo menos seis feridos confirmados, quatro dos quais deram entrada até agora no Hospital Geral de Massachusetts.
A maratona de Boston é um dos principais eventos desportivos norte-americanos, com perto de 27 mil corredoras e dezenas de milhar de espetadores.
Lusa