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Rússia critica França, Espanha e Portugal face a avião de Morales

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia considerou hoje que o incidente com o avião do Presidente da Bolívia, Evo Morales, depois da partida de Moscovo, não pode ser considerado um gesto amigável para com a Bolívia e a Rússia.

Evo Morales acena à partida do avião presidencial do aeroporto de Viena / Reuters
© Heinz-Peter Bader / Reuters

"As ações das autoridades da França, Espanha e Portugal podem dificilmente  ser consideradas amigáveis em relação à Bolívia, bem como à Rússia, de onde  voava o Presidente Morales depois da sua visita a Moscovo", lê-se numa nota  da diplomacia russa publicada hoje. 

"Além disso, a proibição do direito de um avião sobrevoar   1/8esses países 3/8  podia criar uma ameaça à segurança dos passageiros do aparelho, incluindo  o chefe de um Estado soberano", frisa a diplomacia russa. 

Evo Morales, que regressava de Moscovo após participar numa reunião  de países produtores de gás, esteve parado 13 horas no aeroporto de Viena  depois de três países impedirem a aterragem ou sobrevoo dos seus territórios,  numa situação que o Governo da Bolívia classificou de "sequestro". 

A decisão desses países terá tido na base a suspeita de que o avião  transportava Edward Snowden, ex-colaborador da Agência Nacional de Segurança  (NSA) dos Estados Unidos, cuja extradição é exigida por Washington.