Estados Unidos, França, Reino Unido, Luxemburgo e Coreia do Sul, cinco dos 15 países que integram o Conselho de Segurança tinham pedido uma reunião deste órgão.
A Arábia Saudita tinha feito publicamente pedido idêntico, considerando que a ONU deveria tomar uma resolução clara para "por fim à tragédia humana" na Síria.
O Conselho de Segurança reúne-se para consultas à porta fechada a partir das 20:00 (hora de Lisboa), indicaram fontes diplomáticas.
A Casa Branca exigiu "acesso direto" da equipa de peritos da ONU que está na Síria para investigar as acusações. Paris e Londres devem enviar uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a reforçar este pedido.
O presidente francês, François Hollande, pediu que os inspetores se desloquem rapidamente ao local.
A oposição síria acusou hoje o regime de Bashar al-Assad de ter matado 1.300 pessoas num ataque com armas químicas a uma área controlada pelos rebeldes perto de Damasco e criticou o "silêncio cúmplice" da comunidade internacional.
O ataque, que parece ser um dos mais violentos do conflito, apesar de não ser possível confirmar o balanço de vítimas avançado pela oposição, suscitou uma vaga de condenações internacionais. O regime sírio desmentiu categoricamente ter utilizado armas químicas.
A Rússia, aliada de Damasco, afirmou que as acusações da oposição não passam de "uma provocação premeditada".
O objetivo das consultas no Conselho de Segurança será "avaliar a situação e informar" os 15 países membros, mas não deverá haver uma tomada de posição formal, indicou um diplomata, adiantando que se trata de "uma primeira reunião, a quente".
Quanto ao pedido para a ONU investigar o ocorrido, "será complicado" responder, dado que o local do ataque, nas imediações de Damasco, não é um dos três locais acordados entre a ONU e o regime sírio para serem inspecionados, afirmou a mesma fonte.
Lusa