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Obama pede a congressistas que não "fechem os olhos" aos uso de armas químicas na Síria

O Presidente norte-americano, Barack Obama,  pediu hoje aos membros do Congresso que não "fechem os olhos" ao uso de  armas químicas na Síria, durante a sua intervenção semanal na rádio. 

© Kevin Lamarque / Reuters

"Nós somos os Estados Unidos. Não podemos ficar cegos diante das imagens  da Síria. 1/8... 3/8 É por isso que peço aos membros do Congresso, dos dois partidos,  que se unam e ajam para promover o mundo onde nós queremos viver, o mundo  que queremos deixar aos nossos filhos e às futuras gerações", disse o Presidente  norte-americano, que procura o apoio do Congresso para ataques militares  à Síria. 

O Congresso norte-americano deve começar na segunda-feira, dia do recomeço  dos trabalhos após as férias, a debater os ataques defendidos por Barack  Obama como reação a um ataque alegadamente com armas químicas ocorrido a  21 de agosto nos arredores de Damasco e pelo qual responsabiliza o regime  do Presidente Bashar al-Assad. 

"Não responder a este ataque escandaloso aumentaria o risco de ver armas  químicas usadas novamente, de as ver cair em mãos de terroristas que as  utilizariam contra nós, e isso enviaria uma mensagem desastrosa às outras  nações, de que não haveria consequências pela utilização de tais armas",  sustentou Obama. 

Obama lembrou que enquanto comandante em chefe  1/8das forças armadas 3/8  quer atacar a Síria e punir o regime. 

"A nossa nação será mais forte se agirmos em conjunto e as nossas ações  serão mais eficazes. É por isso que peço aos membros do congresso que debatam  a questão e que votem para autorizar o uso da força", acrescentou. 

Os membros do Congresso regressam na segunda-feira de férias e um alto  responsável republicano da Câmara dos Representantes disse que o voto sobre  a autorização do recurso à força contra a Síria ocorrerá "nas duas próximas  semanas". 

Barack Obama falará aos norte-americanos na terça-feira. 

No terreno, os combates entre as forças do regime de Bashar al-Assad  e os rebeldes regressaram hoje às imediações de uma cidade cristã a norte  de Damasco, dois dias depois de os rebeldes terem retirado de uma das entradas  da capital. 

A guerra na Síria dura há mais de dois anos já causou mais de 110 mil  mortos e dois milhões de refugiados, segundo dados das Nações Unidas. 

Lusa