Pesadelos, chichi na cama, desenhos agressivos e falhas de memória são alguns dos sinais identificados pelos especialistas da agência das Nações Unidas em cada vez mais crianças.
Em comunicado, a Unicef contabiliza em 470 mil as crianças refugiadas sírias que, desde o início do ano, "receberam apoio psicológico em mais de 220" unidades de apoio especializadas.
"Os números incluem 250 mil crianças na Síria; 128 mil no Líbano; 80 mil na Jordânia; 5.500 no Iraque; e 5 mil na Turquia", concretiza a Unicef, sublinhando que, na Síria como nos países vizinhos, tem tentado "ajudar as crianças a ganhar de novo uma sensação de segurança".
A agência das Nações Unidas para a infância mantém "centros abertos e operacionais" em áreas onde o conflito é "mais intenso", como Homs, Dera'a e Alepo.
O apoio às crianças afetadas pelo conflito passa por criar "espaços amigos", onde estas "podem brincar e participar em atividades" e por formar "professores e terapeutas para apoiar e identificar crianças que precisam de cuidados mais especializados".
A Unicef lançou um apelo de financiamento à intervenção relacionada com o conflito na Síria na ordem dos 356 milhões de euros - dos quais cerca 40 milhões se destinam a atividades de proteção infantil -, mas ainda só recebeu 213 milhões.
A guerra civil que abala a Síria desde março de 2011 já causou mais de 110 mil mortos, de acordo com dados das Nações Unidas.
Lusa