Os documentos fazem parte de um relatório oficial, compilado pelo ex-analista da CIA, Edward Snowden e cedido àquele jornal pelo diário britânico The Guardian.
"A Venezuela, por exemplo, foi um dos seis "alvos permanentes" na lista oficial da missão da NSA, de 2007, conjuntamente com a China, a Coreia do Norte, o Iraque, o Irão e a Rússia", explica o jornal.
Num longo artigo intitulado "Documentos da NSA mostram os esforços para espiar inimigos e aliados" o New York Times explica que o presidente da altura, George W. Bush, concorria, pela influência na América Latina, com o líder da Venezuela Hugo Chávez, que se aliou a Cuba.
O objetivo da agência norte-americana era impedir a Venezuela de atingir os seus objetivos de liderança regional e de manter políticas que prejudicassem os interesses globais dos Estados Unidos.
Por outro lado, precisa o texto, que uma breve apresentação de PowerPoint, datada de agosto de 2010, revela que a NSA vigiava de perto "os milhares de milhões de dólares que a China emprestava à Venezuela, para sistemas de radares e de perfuração petrolífera".
Também os empréstimos da "Rússia, para mísseis e aviões de combate" e do "Irão, para uma fábrica de aviões não tripulados" foram acompanhados.
Segundo o New York Times, os Estados Unidos espiaram ainda as contas de email do pessoal do Ministério das Finanças e das dez principais autoridades económicas da Venezuela.
"Um funcionário da NSA, no Texas, foi pago todos os dias para ler as mensagens privadas de burocratas venezuelanos à procura de boatos que pudessem oferecer alguma pequena vantagem política", sustenta a notícia do jornal.