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Obama garante não perguntar origem de informações secretas de aliados

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse quinta-feira numa entrevista à NBC que não pergunta ou explora a origem das informações secretas que lhe são apresentadas sobre países ou Governos aliados. 

(Reuters/ Arquivo)
© Larry Downing / Reuters

"Quando me apresentam informações, particularmente se se referem a aliados como a Alemanha, não pergunto ou exploro a origem dos dados", explicou o  Presidente norte-americano. 

Mas, acrescentou, "se se estiver a falar da Al-Qaeda e de outros países  que representam uma ameaça para os Estados Unidos, então não só estou interessado  na informação, como também quero saber como obtivemos essa informação porque  isso é relevante", sublinhou. 

Obama disse também que está "profundamente envolvido" nas operações  de informações em áreas em que há "ameaças reais" para os Estados Unidos,  tanto como "qualquer outro presidente". 

O Presidente não revelou na entrevista se conhecia o alcance da espionagem em grande escala da Agência Nacional de Segurança norte-americana a Governos e líderes estrangeiros que incluiu uma alegada escuta a um telefone móvel  da chanceler alemã Angela Merkel. 

A revelação da escuta gerou uma crise profunda de confiança principalmente na Europa e com aliados como a Alemanha. 

Fontes da Casa Branca garantiram, contudo, que Barack Obama desconhecia a amplitude das ações de espionagem até que Edward Snowden revelou a ação  da Agência Nacional de Segurança, o que levou o Presidente a determinar  uma revisão dos programas de espionagem da agência. 

A revisão procura um "equilíbrio" entre as ações de proteção dos Estados  Unidos e o respeito à privacidade devendo estar concluída no final do ano.

 

Lusa