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Ministro alemão insta presidente ucraniano a "satisfazer" pedidos da oposição

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, instou hoje o presidente ucraniano, Viktor Ianukovitch a "satisfazer" os últimos pedidos da oposição.  

Vitali Klitschko e Frank-Walter Steinmeier
© XXSTRINGERXX xxxxx / Reuters

Steinmeier, que falava na conferência de Segurança de Munique, onde  dezenas de dirigentes políticos procuram saídas para os conflitos da Síria,  Ucrânia, Irão e Médio Oriente, afirmou que o cumprimento das exigências  é uma das últimas "saídas realistas" para a crise que atinge o país desde  novembro do ano passado.  

O ministro alemão referiu ainda que "é preciso evitar uma solução violenta"  para as manifestações contra o presidente ucraniano e o governo. 

Entretanto, a oposição ucraniana, que hoje deverá estar representada  em Munique, advertiu em comunicado os europeus para uma intervenção "muito  provável do exército" contra os manifestantes em Kiev, que protestam há  mais de dois meses contra o regime.  

Um dos líderes da oposição ucraniana, Arseni Iatseniuk, do partido Batkivchtchina  de Iulia Timochenko, informou os participantes na conferência através de  um comunicado da existência de "um projeto muito provável do poder recorrer  à força com a participação do exército".  

As manifestações da oposição na Ucrânia começaram em novembro depois  de Viktor Ianukovitch ter adiado a assinatura do Acordo de Associação com  a União europeia prevista para o final daquele mês.  

As manifestações recrudesceram este mês depois da aprovação de leis  repressivas, com confrontos entre manifestantes e polícias, dos quais resultaram  três mortos segundo a versão oficial e o dobro segundo a oposição, além  de centenas de feridos.  

Neste fim-de-semana prevê-se o encontro em Munique, entre outros, entre  o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o secretário de Estado dos Estados  Unidos, John Kerry, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov,  o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, e o ministro dos Negócios  Estrangeiros iraniano. 

     

Lusa