De acordo com o governador socialista, os alegados paramilitares cruzaram a fronteira há dois dias, a partir da Colômbia, e estarão a infiltrar-se nos protestos que os grupos opositores têm realizado na região desde há vários dias.
José Gregório Vielma Mora confirmou que na última terça-feira três pessoas ficaram feridas na sequência de um ataque perpetrado por um "grupo violento" que lançou 19 engenhos explosivos de fabrico doméstico contra as instalações da governação.
Segundo Vielma Mora, "grupos de choque" obstaculizaram, na terça-feira à noite, a circulação em ruas de vários municípios, entre eles San Cristóbal, Cárdenas, Guásimos e Andrés Bello e tentaram ainda fechar as estradas que conduzem a La Grita, Garcia de Hevia e Panamericano.
"Essas obstruções são feitas com viaturas, árvores, rochas, blocos e lixo incendiado", disse.
Vielma Mora precisou ainda que os motoristas, comerciantes e produtores têm manifestado preocupação pela situação e que os alegados paramilitares teriam atacado várias unidades de transporte público, restaurantes e comércios, ocasionando o encerramento de estabelecimentos comerciais.
Situado a 850 quilómetros de Caracas, o Estado de Táchira faz fronteira com a Colômbia e nele residem um importante número de cidadãos portugueses.
Lusa