"Vou responder com força e contundência a qualquer tentativa de qualquer governo da América, de meter-se nos assuntos internos da Venezuela. Não aceito intervencionismo na Venezuela e peço o apoio do povo", disse.
Nicolás Maduro falava em Los Próceres, Caracas, durante um desfile cívico-militar que assinalou o primeiro aniversário da morte de Hugo Chávez, o líder da revolução bolivariana, que, disse "passou à história como o redentor da Venezuela e dos povos da América".
"Que a direita não se engane com o nosso povo e a nossa revolução. Deixem a Organização de Estados Americanos (OEA) onde está, o nosso caminho é a União de Nações da América do Sul (Unasul), a independência, fora de cá a OEA, por agora e para sempre", disse.
O presidente da Venezuela sublinhou ainda: "que ninguém se meta connosco, quem se meter connosco que não se queixe neste mundo, quando lhe cair a ira dos deuses, deste povo que sabe fazer-se respeitar".
"Estou avaliando (dar), nas próximas horas, uma resposta muito contundente a um governo lacaio que está conspirando abertamente contra a pátria venezuelana. Depois que não se queixem e não venham fazer-se de vítimas, porque pelas vias diplomáticas lhe temos feito saber a opinião soberana do Governo revolucionário da Venezuela", frisou.
Assegurou que a política internacional venezuelana "é de paz, de cooperação, de respeito, de união latino-americanista, abertamente anti-imperialista".
"Não acreditamos que nenhum império deva dominar e controlar a nossa América Latina e o nosso Caribe. Acreditamos na união e na independência plena dos nosso país", disse.
Por outro lado anunciou que foram hoje detidos "os chefes" de ações "violentas e fascistas" quando tentavam "sabotar pontes, túneis e auto-estradas em pelo menos quatro cidades do país, incluindo a Grande Caracas", aos quais foram confiscadas armas de guerra, cocketeles molotv, arames assassinos, pneus e pólvora.
"Estão presos, bem presos e têm qu ser castigados severamente", enfatizou.
O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, disse hoje que seria "útil" enviar uma missão daquele organismo à Venezuela a fim de analisar a crise no país.
Desde há três semanas que se registam diariamente protestos em várias localidades da Venezuela, entre manifestações pacíficas e atos de violência que provocaram pelo menos 19 mortos, 270 feridos e mais de um milhar de detidos.
Os protestos começaram a 12 de fevereiro, com uma marcha pacífica de estudantes contra a insegurança, mas intensificaram-se nesse mesmo dia, quando confrontos entre manifestantes, forças de ordens e alegados grupos armados, provocaram a morte de três pessoas.
Lusa