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Papa e presidentes palestiniano e israelita iniciaram oração pela paz

O Papa católico Francisco, o judeu Shimon Peres, Presidente de Israel, e o muçulmano Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana, iniciaram à hora marcada, 18:00 em Portugal, a oração pela paz no  Médio Oriente. 

O chefe da Igreja Católica ladeado pelo muçulmano Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana, pelo judeu Shimon Peres, Presidente de Israel / Reuters
© Max Rossi / Reuters
Papa Francisco cumprimenta o Presidente de Israel, Shimon Peres / Reuters
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Papa Francisco cumprimenta o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas / Reuters
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Bandeiras palestinianas na Praça de S. Pedro / Reuters
© Giampiero Sposito / Reuters
O chefe da Igreja Católica ladeado pelo muçulmano Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana, pelo judeu Shimon Peres, Presidente de Israel / EPA
CLAUDIO PERI
O presidente da Autoridade Palestiniana, o chefe da Igreja Católica, o Presidente de Israel e o líder espiritual dos cristãos ortodoxos / Reuters
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No final da oração, foi plantada uma oliveira, árvore venerada por judeus, cristão e muçulmanos, símbolo da longevidade e da paz / Reuters
© Max Rossi / Reuters

A oração decorre nos Jardins do Vaticano, e o serviço religioso iniciou-se  com uma oração em hebraico, divida em três segmentos, intercalados com interlúdios  musicais. 

As três delegações - israelita, palestiniana e da Santa Sé - que acompanham  os presidentes Shimon Peres, Mahmoud Abbas e o papa Francisco na oração  pela paz no Médio Oriente têm dimensões diferentes e são sobretudo compostas  por personalidades religiosas, mas também integram alguns políticos, de  acordo com a lista distribuída pelo Vaticano. 

Do lado israelita, a delegação de Shimon Peres integra 26 pessoas e  é a maior das três. Vários rabinos integram a comitiva, entre os quais David  Rosen, diretor geral dos assuntos religiosos da Comissão Judaica americana,  Rasson Arussi, membro do grande Conselho de Rabinos de Israel, assim como  o chefe espiritual dos drusos israelitas, o sheikh Moafaq Tarif, e o presidente  da comunidade muçulmana de Israel, o sheikh Mohammad Kiwan. 

A delegação integra ainda vários conselheiros do presidente e o seu  médico pessoal. 

Do lado palestiniano tem cerca de 15 pessoas, entre as quais alguns  religiosos e personalidades políticas como Saeb Erakat, o principal negociador  do lado palestiniano, Ziad Al-Bandak, conselheiro de Abbas para os assuntos  religiosos, ou Hanna Amira, membro da direção da Organização para a Libertação  da Palestina (OLP) e cristã.  

O antigo patriarca de Jerusalém, Michel Sabbah, conhecido pelas suas  posições firmes em defesa da causa palestiniana, e um bispo luterano, Monib  Younan, integram também a delegação. 

A comitiva da Santa Sé é composta por 20 personalidades. Para além do  patriarca de Constantinopla, Bartolomeu, a delegação inclui o metropolita  Emmanuel, presidente da Assembleia dos Bispos Ortodoxos de França, o secretário  de Estado Pietro Parolin, os cardeais franceses Roger Etchegaray e Jean-Louis  Tauran (encarregados do diálogo inter-religioso) e o secretário do papa  emérito Bento XVI, Georg Gnswein. 

No regresso de uma peregrinação à Terra Santa, no final de maio, Francisco  fez questão de esclarecer, junto dos jornalistas, a ideia de uma oração  a três, à medida que cresciam as especulações sobre uma possível mediação  do Vaticano.   

"Talvez me tenha explicado mal... Este encontro para uma oração não  vai ser uma mediação ou para encontrar soluções. Vamos estar juntos para  rezar, é tudo. E depois, regressa cada um a sua casa", disse o papa.   

O objetivo do papa é mostrar que as três religiões monoteístas têm raízes  comuns e devem entender-se sobre a paz numa terra sagrada para as três.  Por isso, Francisco deixou a oração do "Pai Nosso" no Muro das Lamentações,  onde abraçou um rabino e um professor muçulmano.  

A 25 de maio, em Belém, perante uma multidão de fiéis, Francisco anunciou  o convite ao chefe de Estado de Israel e ao presidente da Autoridade Palestiniana  "para se juntarem  1/8com o papa 3/8 numa oração para pedir a Deus o dom da paz".

Lusa