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Rússia desmente reforço de contingente militar junto à fronteira com a Ucrânia

A acusação de que a Rússia terá reforçado o contingente de 12 mil para 20 mil soldados, junto à fronteira com a Ucrânia, foi desmentida hoje, quarta-feira, pelo porta-voz do ministro russo da Defesa, Igor Konachenkov.

A OSCE tem, atualmente, uma equipe de uma dezena de observadores, que vigiam uma parte da fronteira entre a Rússia e a Ucrânia.
© Valentyn Ogirenko / Reuters

O desmentido surgiu algumas horas depois de a Organização do Tratado  do Atlântico Norte (OTAN) indicar, em comunicado, que a Rússia terá reunido  cerca de 20 mil tropas na fronteira leste da Ucrânia e poderá, alegadamente,  usar uma missão humanitária ou de manutenção de paz como "desculpa" para  enviá-las para o território ucraniano. 

As movimentações junto à fronteira são consideradas uma "situação perigosa" pela OTAN, pois aumenta a preocupação de uma intervenção militar na Ucrânia  por parte de Moscovo. 

"Vou explicar aos responsáveis do Pentágono e da OTAN que as movimentações  de milhares de homens e equipamento não são possíveis em tão curto espaço  de tempo", afirmou Konachenkov, citado pela Interfax; "sem contar que os  observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE)  teriam dado conta imediatamente, caso isso acontecesse", conclui. 

A OSCE tem, atualmente, uma equipe de uma dezena de observadores, que vigiam uma parte da fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, e outra equipa  no território ucraniano, onde os rebeldes pró-russos combatem as forças  de segurança leais a Petro Poroshenko, atual presidente da Ucrânia. 

O porta-voz do ministro da Defesa russo alega ainda que o seu ministério  planeia abrir contas em redes sociais de forma a fornecer "informação objetiva  sobre as ações militares russas". 

Lusa