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Reforma da cúria visa mais transparência e eficácia, explica Papa Francisco

O Papa Francisco explicou hoje ao Colégio de Cardeais, reunido em Roma, que a reforma do governo da Igreja tem como meta uma colaboração mais eficaz e mais transparência.

Reuters
"A meta a alcançar é sempre a de favorecer a harmonia no trabalho dos diferentes dicastérios (ministérios da cúria) e gabinetes para, no final, realizar uma colaboração mais eficaz e com absoluta transparência, o que edifica a autêntica sinodalidade e a colegialidade", disse o Papa Francisco, na abertura do consistório que reúne cerca de 150 cardeais em Roma.

O Papa explicou que nos próximos dois dias vai ser apresentada uma síntese do trabalho realizado pelo grupo de nove cardeais encarregado de elaborar a nova Constituição, agradecendo o trabalho realizado e, em particular, ao coordenador do grupo, Oscar Rodríguez Maradiaga, e ao secretário, Marcello Semeraro, encarregado de apresentar a síntese. 

O Papa reiterou na sua introdução que esta reforma foi pedida pelos cardeais antes do início do conclave em que foi eleito, acrescentando que o processo "não será fácil" e exigirá "tempo, determinação e, sobretudo, a colaboração de todos".

Nesta fase, segundo Francisco, uma das hipóteses mais consistentes para simplificar o governo da Igreja é a de englobar em dois ministérios os atuais dicastérios relacionados com "caridade, justiça e paz", por um lado, e "laicidade, família e vida", por outro.

Após o discurso do Papa, a reunião prosseguiu à porta fechada com a apresentação de Marcello Semeraro, a que deverá seguir-se a intervenção do cardeal George Pell, chefe da secretaria de Economia do Vaticano, sobre as atividades do novo ministério.