A televisão estatal norte-coreana KCTV destacou que o "querido líder", nascido em 1942, conseguiu transformar a Coreia do Norte numa potência e garantiu a soberania do país face às "forças imperialistas" dos Estados Unidos.
Como é costume, formaram-se enormes filas de pessoas que se deslocaram à colina de Mansu em Pyongyang para depositar flores aos pés da grande estátua de Kim Jong-il, segundo mostram fotografias publicadas a partir da Coreia do Norte.
Desconhece-se se outras iniciativas terão lugar ao longo do dia no país, estando praticamente descartada a possibilidade de se realizar um desfile militar ou outros eventos de massas.
Na segunda-feira, os meios de comunicação oficiais lançaram um apelo para que os norte-coreanos prestassem homenagem àquele que foi o segundo dos três dirigentes da dinastia Kim.
No mesmo dia, a Coreia do Norte convocou uma reunião com altas patentes do exército e do Partido dos Trabalhadores, na qual se prestou culto às três figuras.
No sábado, o líder Kim Jong-un promoveu 35 oficiais do exército, um gesto que também está relacionado com a efeméride que hoje se assinala.
Kim Jong-il, que governou a Coreia do Norte com mão de ferro durante 17 anos, desde 1994 até à sua morte, em dezembro de 2011, deu um impulso aos programas de mísseis e armas nucleares do país sob a doutrina "Songun", que passa por dar prioridade às Forças Armadas.
Os anos em que Kim Jong-il esteve no poder também ficaram marcados pela escassez e pelo colapso do sistema de distribuição de alimentos, que causou entre 500 mil e mais de dois milhões de mortos devido à fome, no final da década de 1990.
O dirigente nasceu em 1942 no monte Paektu, no norte do país, segundo a versão oficial do regime, apesar de historiadores advogarem que na realidade veio ao mundo em território da antiga União Soviética.
Esta data, conhecida como o "Dia da Estrela Brilhante", em homenagem ao "querido líder", foi ainda marcada pelo lançamento para o Espaço do satélite Kwangmyongsong-4 (Estrella Brillante-4) no passado dia 07.
A comunidade internacional censurou o lançamento, considerando-o um ensaio de mísseis encoberto, e o Conselho de Segurança da ONU prepara-se para aplicar sanções à Coreia do Norte tanto por esta ação como pelo teste nuclear de 06 de janeiro.
Lusa