"Hoje, cumprimos o nosso compromisso de propor viagens de curta duração para a União Europeia sem visto para cidadãos ucranianos com passaportes biométricos", disse o comissário europeu para a Migração, Dimitris Avramopoulos, em conferência de imprensa em Bruxelas.
"Este é o resultado do êxito do Governo ucraniano na concretização de reformas profundas e difíceis nas áreas da Justiça e dos Assuntos Internos e noutras", acrescentou.
Avramopoulos indicou que a Comissão Europeia, o braço executivo da UE, vai apresentar formalmente a proposta aos Estados membros, que depois a votarão.
A isenção de visto para viajar é um marco na chamada Parceria de Leste, concebida para atrair países do leste europeu para a esfera de influência da UE.
O parlamento da Ucrânia aprovou no mês passado uma importante lei anticorrupção que levou à decisão de Bruxelas sobre a isenção de visto.
O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse hoje que foi "um longo e árduo caminho" para chegar a este ponto e que esperava obter um acordo sobre viagens sem visto "dentro de alguns meses".
Um tal acordo pode revelar-se particularmente irritante para Moscovo, cujos esforços para garantir a entrada e a circulação na UE sem visto, mesmo que apenas para empresários, se arrastaram durante anos, antes de caírem vítimas da crise ucraniana.
A União Europeia suspendeu as negociações de liberalização de vistos com a Rússia no início do ano passado, quando adotou medidas punitivas, que mais tarde incluiriam fortes sanções económicas, devido ao papel de Moscovo na agudização da crise da Ucrânia.
Lusa