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Regime sírio recupera controlo de todas as zonas da cidade de Alepo

As forças do regime sírio conseguiram recuperar o controlo de todas as zonas da cidade de Alepo, que foram retiradas pelos rebeldes em duas semanas de ofensiva, informou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Regime sírio recupera controlo de todas as zonas da cidade de Alepo
© Ammar Abdullah / Reuters

Tanto a ONG como a agência estatal síria SANA indicaram que as tropas governamentais e as milícias aliadas recuperaram Dahie al Asad, os postos de controlo de Al Sura e Al Sater, a zona de Menyan e uma fábrica de cartão no sudoeste da cidade.

Uma fonte militar, citada pela SANA, explicou que as unidades do Exército restabeleceram a "segurança" em Dahie al Asad e também avançaram na zona de Al Makateb, causando "perdas aos terroristas" e destruindo parte dos veículos e armamento dos mesmos.

Desta forma, o Exército ampliou "o círculo de segurança" em redor de bairros ocidentais - nas mãos das autoridades - alvo nas últimas semanas de bombardeamentos dos rebeldes, adiantou a fonte.

Estas vitórias, que se juntam à recuperação há uns dias da zona do Projeto 1070 e da área da escola Al Hekma, também no sudoeste, representam o regresso do Exército aos mesmos limites que controlava antes do lançamento pelos rebeldes da ofensiva 'Grande epopeia de Alepo', iniciada em 28 de outubro último

Segundo o OSDH, as forças do regime sírio também recuperaram no atual contra-ataque zonas cujo controlo tinham perdido em agosto último na periferia da cidade.

Nestas duas semanas de combates e bombardeamentos aéreos e de artilharia, pelo menos 454 pessoas morreram, incluindo 215 rebeldes, 143 soldados e milicianos pró-governo e 90 civis, dos quais 29 menores de idade, adiantou o OSDH.

Alepo é disputada pelas forças de Damasco e pelos rebeldes desde meados de 2012, quando os rebeldes conquistaram amplas áreas da cidade, a segunda maior da Síria e uma das mais castigadas pelo conflito na Síria iniciado em março de 2011.

A situação é especialmente crítica nos bairros orientais, sitiados pelo regime desde julho último e onde a ONU alertou esta semana que já não há alimentos para entregar aos civis necessitados.

Lusa