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Familiares de polícias fazem protesto frente a quartéis do Rio de Janeiro

Familiares de polícias militares do Rio de Janeiro realizam esta sexta-feira protestos pacíficos frente a alguns quartéis do estado, mas o policiamento continua a acontecer normalmente nas ruas das cidades.

Familiares dos polícias em greve por melhores salários bloqueiam a entrada do quartel pela noite dentro.
Familiares dos polícias em greve por melhores salários bloqueiam a entrada do quartel pela noite dentro.
© Paulo Whitaker / Reuters

Nas redes sociais, a polícia militar está a publicar fotos dos agentes ao lado das viaturas e a atualizar as áreas em que os polícias estão a trabalhar, usando as hashtags #ValorizeQuemTeProtege e #PMERJnasruas.

Desde o início da semana, informações divulgadas nas redes socais indicavam que a polícia militar "carioca" poderia organizar um movimento semelhante ao que acontece no estado do Espírito Santo, onde uma greve iniciada no sábado deixou a maioria das cidades sem policiamento e obrigou o Governo Federal a enviar reforços das Forças Armadas.

No Rio de Janeiro, a situação poderia ser mais grave, já que os polícias, assim como outros servidores públicos, têm salários e gratificações em atraso desde o ano passado.

O Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, anunciou na quarta-feira um aumento salarial de 10,22% para os polícias, para evitar qualquer tipo de paralisação que pusesse em causa a segurança pública.

A greve dos polícias do Espírito Santo começou no último sábado e, desde então, uma onda de saques a lojas e supermercados, assaltos, mortes e tiroteios está a apavorar a população local.

Segundo informações do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol), pelo menos 106 pessoas foram mortas de forma violenta no estado durante a paralisação.

Lusa