"A China é um grande país e assume a sua responsabilidade internacional", disse Li Keqiang, numa conferência de imprensa em Berlim, ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel. "A China vai prosseguir com as promessas feitas no Acordo de Paris", assinado em dezembro de 2015 por 195 países, sob a égide da ONU, para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e conter o aquecimento global abaixo dos dois graus celsius.
O responsável chinês recordou que o seu país teve um papel ativo no processo de negociação do Acordo e foi um dos primeiros a levá-lo ao Parlamento para ser ratificado e a apresentar nas Nações Unidas as medidas que planeia implementar.
A China é o maior emissor mundial de gases com efeito de estufa, seguida pelos EUA.
Reino Unido vai pressionar EUA a reduzirem emissões de gases
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico disse hoje que Londres pressionará os EUA para reduzirem as emissões de gases com efeito de estufa.
Em declarações ao canal Sky News, Boris Johnson acrescentou que os EUA já deram passos importantes para reduzir as emissões de dióxido de carbono, mas lembrou que esses passos foram dados por estados de forma individual, e não tanto pelo Governo federal.
"Vamos continuar a pressionar os norte-americanos e a Casa Branca para que mantenham a liderança demonstrada no passado na redução do dióxido de carbono", disse o ministro.
"É necessário fazer mais progressos por parte de outros países, especialmente a Índia, a China e outros (...) Necessitamos de enfrentar isto de forma global", insistiu.
Trump nega as alterações climáticas
O Presidente norte-americano deve anunciar hoje a sua decisão sobre a retirada dos EUA do Acordo de Paris.
Trump, que considera a questão das alterações climáticas um embuste, afirmou no final de abril, quando cumpriu 100 dias na Casa Branca, que ia tomar "uma grande decisão" sobre o acordo de Paris "em duas semanas".
A anterior administração norte-americana prometeu, em Paris, que os Estados Unidos iriam reduzir as emissões de CO2 de 26 a 28% até 2025, por comparação com o nível de 2005. O então Presidente democrata, Barack Obama, autorizou a Agência de Proteção do Ambiente (EPA) a forçar as indústrias de carvão a reduzir as suas emissões.
Por seu turno, o atual responsável da EPA, Scott Pruitt, quer que o país abandone o acordo por considerar que se tratou de "um negócio prejudicial para a América" e que beneficiou principalmente a China, o maior emissor mundial de dióxido de carbono (CO2).