"Na morte de Helmut Kohl, lembramos o líder democrata-cristão que reunificou a Alemanha e ajudou a reconstruir a Europa - uma Europa inclusiva, onde foi especial amigo de Portugal e dos países da coesão", refere uma nota assinada pelo presidente do partido.
A presidente dos democratas-cristãos salientou a defesa da economia social de mercado pelo antigo chanceler alemão e deixou os pêsames do CDS-PP ao governo federal e a todos os cidadãos da Alemanha, "essa nova casa que Kohl reconstituiu sob um teto europeu".
"Na política externa, reuniu o desejo de uma integração europeia acompanhada pela cooperação atlântica, e foi um pragmático que lutou por uma visão da Alemanha e da Europa, que acreditava numa utopia realista, um sonho que poderia ser alcançado. Deixou-nos um grande estadista", refere Assunção Cristas.
O ex-chanceler alemão Helmut Kohl, o "pai" da reunificação alemã, morreu hoje aos 87 anos na sua casa de Ludwigshafen, sudoeste do país.
Helmut Kohl, o dirigente político germânico que mais tempo governou a República Federal, com quatro legislaturas, foi o artífice da reunificação alemã, após a queda do Muro de Berlim em 1989.
Estava afastado da vida pública desde 2008 e remetido a uma cadeira de rodas, após a queda numas escadas que lhe provocou um traumatismo cranioencefálico.
Kohl emergiu na política nacional alemã em 1976, quando se tornou no chefe da oposição e conquistou a chancelaria em 1982, após garantir a aprovação de uma moção de censura contra o então chefe do executivo, o social-democrata Helmut Schmidt.
Um ano depois foi confirmado pelas urnas no posto de chanceler, e manteve-se no cargo até 1998, quando foi derrotado pelo social-democrata Gerhard Schröder, que pela primeira vez se aliou aos Verdes para recuperar o governo da Alemanha.
Lusa