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Rússia afirma que míssil coreano foi de "médio alcance"

O Ministério da Defesa russo indicou hoje que míssil balístico testado pela Coreia do Norte é de médio alcance e não intercontinental, ou de longo alcance, como afirmou Pyongyang.

Líder norte-coreano na emissão da KRT TV, numa rua de Tóquio. Tal como em lançamentos anteriores, Kim Jong-un supervisionou o testes do lançamento de míssil que acabou por caiur no mar do Japão.
Líder norte-coreano na emissão da KRT TV, numa rua de Tóquio. Tal como em lançamentos anteriores, Kim Jong-un supervisionou o testes do lançamento de míssil que acabou por caiur no mar do Japão.
KYODO Kyodo

"Os dados paramétricos de voo do engenho têm as características de um míssil balístico de médio alcance", indicou o ministério russo num comunicado, citado pela agência France-Presse. O comando das forças norte-americanas para o Pacífico também já tinha feito saber que se tratou de um míssil de alcance "intermédio".

De acordo com o ministério russo da Defesa, o míssil foi lançado por Pyongyang na noite de segunda para terça-feira, às 03H46 de Moscovo (00H46 TMG). Ascendeu a uma altura de 535 quilómetros e voou mais de 510 quilómetros, antes de cair no mar do Japão.

O ensaio "histórico" de um míssil Hwasong-14 foi supervisionado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-Un, anunciou hoje a televisão estatal norte-coreana.

A Coreia do Norte é "uma potência nuclear forte", que está dotada de um muito poderoso Míssil Balístico Intercontinental que pode atingir o mundo inteiro", acrescentou o boletim noticioso especial da televisão norte-coreana, precisando que o projétil lançado tinha atingido uma altitude de 2.802 quilómetros e voado uma distância de 933 quilómetros.

O ensaio, realizado no dia nacional dos Estados Unidos, levou o Presidente norte-americano, Donald Trump, a dirigir-se através da rede social Twitter a Pequim, pedindo ao principal aliado da Coreia do Norte para "colocar um fim a este absurdo de uma vez por todas".

A China reagiu, afirmando ter "realizado esforços imensos" para resolver a questão nuclear norte-coreana, e apelou à "contenção" das partes.

O Presidente russo, Vladimir Putin, deverá receber hoje no Kremlin o seu homólogo chinês, Xi Jinping, com quem debaterá as relações comerciais bilaterais e os principais dossiers internacionais, entre os quais o da Coreia do Norte. O dirigente chinês chegou na segunda-feira à noite a Moscovo e já teve um encontro informal com Putin.

Lusa